O procurador Cláudio Gheventer, do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, instaurou procedimento administrativo para avaliar possíveis irregularidades nas declarações do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, dadas nesta segunda-feira (14), sobre a perspectiva de existirem indícios de uma reserva de 33 bilhões de barris de óleo equivalente na área chamada de Pão de Açúcar, na Bacia de Santos.
Desta avaliação, segundo a assessoria de imprensa do MPF, pode vir ou não a abertura de um inquérito. Não há prazo para que o procurador emita sua decisão.
A possível irregularidade estaria no fato de o anúncio feito por Lima não ter sido confirmado pela Petrobras. Segundo a Lei do Petróleo, cabe à ANP apenas divulgar números de reservas consolidadas do País e não indicações sobre possíveis reservas de uma determinada empresa. Nesta segunda-feira (14) , a divulgação feita por Lima fez com que as ações da Petrobras disparassem na Bolsa de Valores de São Paulo. O anúncio foi criticado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que pediu explicações à Petrobras.