Procurador-geral da República defende cotas eleitorais para mulheres

Brasília – O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer favorável à reserva de cota mínima de 30% para cada sexo na composição das listas de registro de candidaturas. O parecer responde a uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) movida pelo Partido Social Cristão (PSC), que questionou uma possível violação do princípio da isonomia entre homens e mulheres.

Para o procurador-geral, a reserva de cotas eleitorais não fere a isonomia. A ?visão formalista? do PSC sobre o principio constitucional, acrescentou, desconsidera o compromisso assumido pela Constituição de ampliar a inserção e o direito à participação das mulheres e de outras minorias na sociedade brasileira. ?Não só é constitucional, como imperiosa é a importância de se reconhecer legítima a adoção da medida afirmativa em questão?, argumentou no parecer.

De acordo com a assessoria de imprensa da Procuradoria Geral da República, Souza concluiu, no texto, que cotas eleitorais não são, em si, medidas suficientes para democratizar o acesso de mulheres ao Parlamento. Segundo o procurador-geral, o preenchimento das cotas é ?eminentemente formal, sem que os partidos tenham orientação prática de pôr em igualdade de condições as candidaturas de homens e mulheres?.

O parecer será analisado pelo ministro Eros Grau, relator da Adin no Supremo.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo