Brasília – O procurador-geral de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Leonardo Azeredo Bandarra, confirmou nesta terça-feira (19) que são 923 os investigados ? pessoas físicas e jurídicas ? na Operação Aquarela, deflagrada pela Polícia Civil do DF na última quinta-feira (14).
Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, ele afirmou que "o Banco de Brasília [BRB] é um dos alvos da investigação, mas não o único". E explicou que para preservar o andamento da operação, o nome dos suspeitos está sob segredo de Justiça. Alguns deles, adiantou, podem ser enquadrados em mais de 20 tipos de crime.
?Nós estamos com indícios e provas de que ocorreram crimes contra a administração pública, de peculato ? que é o furto realizado pelo funcionário público ?, desvios de licitação, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Na realidade, esses tipos penais podem ser ampliados conforme o desenrolar da investigação", disse.
Para o procurador, a atuação conjunta entre o Ministério Público, Ministério da Justiça, Receita Federal e Polícia Civil do DF vem contribuindo para a elucidação do caso. ?O tipo de investigação que nós fazemos permitirá, no final, ter pleno conhecimento de todo o trâmite do dinheiro e do valor exato que foi movimentado?.
Apesar de as investigações ainda não estarem concluídas, Bandarra disse acreditar que tenham sido desviados mais de R$ 100 milhões dos cofres públicos. Indagado sobre o reembolso desse montante, ele lembrou que "desde a semana passada os bens dos investigados estão bloqueados ? não podem fazer qualquer movimentação bancária, não podem sacar dinheiro das suas contas, não podem vender seus carros e imóveis".
Bandarra informou ainda que não há prazo para o fim da Operação Aquarela: ?Nossa preocupação não é com o prazo, mas com o resultado. Não adianta encerrarmos a investigação hoje e as pessoas serem absolvidas amanhã?.
