O prefeito de Coari, Adail Pinheiro, poderá ser punido com multa e mais de 22 anos de reclusão se for comprovada a denúncia de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), feita pelo procurador regional da República Alexandre Camanho de Assis, na semana passada. A decisão caberá ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Pinheiro é acusado dos crimes de obtenção de vantagem ilícita e promessa de vantagem indevida a funcionário público. Segundo Assis, que levou a denúncia à Procuradoria Regional da República da 1ª Região, ele fazia acordos com servidores do INSS para que o município recebesse devoluções indevidas do Fundo de Participação dos Municípios. E prometia 20% do valor restituído a quem fraudasse os sistemas de informática da Previdência.
O dinheiro, na maioria das vezes, estava retido por causa de uma dívida de mais de R$ 40 milhões do município com o INSS.
Auditores fiscais da Previdência Social e agentes da Polícia Federal já informaram que entre 2002 e 2004 pelo menos R$ 1,5 milhão chegaram irregularmente aos cofres da Prefeitura de Coari, cidade localizada a mais de 350 quilômetros de Manaus.
A assessoria do prefeito informou que ele só se pronunciará sobre a situação depois de receber, oficialmente, o comunicado do Poder Judiciário sobre a acusação.