A ampla oferta de crédito no mercado e o alongamento dos prazos de pagamento nos últimos meses vão intensificar a disputa de financeiras e redes de varejo pelo bolso do consumidor no último trimestre do ano. O crescimento de 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, puxado pela demanda interna, e o aumento de 7,2% do rendimento médio do trabalhador, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), reforçam essa tendência.
"Mesmo que o Copom interrompa a queda dos juros, a demanda pelo crediário vai continuar aquecida", diz o vice-presidente da Associação Brasileira dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira. Segundo ele, as taxas de juros menores atraem, mas não são determinantes na decisão de compra a prazo. "O consumidor está mais preocupado com a estabilidade no emprego e com o valor da prestação na hora da compra.
O diretor executivo do Bradesco, Paulo Izola, dá a medida do interesse pelo crediário. "Entre dezembro de 2006 e julho a oferta de crédito para a pessoa física cresceu 17%." Ele prevê um crescimento de 27% até o final do ano. "O Natal não será afetado pela crise internacional nem pela suspensão no corte dos juros. Não há a menor possibilidade de alteração na rota da expansão do crédito até o fim do ano", diz Fábio Silveira, sócio da RC Consultores. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.