A estratégia do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) de se afastar da Presidência do Senado para arrefecer o clima de cassação que o cerca há 140 dias não surtirá efeito no Conselho de Ética. Senadores de oposição dizem que os processos contra Renan por quebra de decoro vão continuar. "A licença não refresca em nada a situação do senador Renan Calheiros. O que melhora é a imagem do Congresso, não dele", disse o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Renan responde, hoje, a três processos. Na próxima semana, a Mesa do Senado enviará ao Conselho mais um pedido de investigação.

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Renan responde às acusações de que teria favorecido a cervejaria Schincariol junto ao Instituto Nacional de Seguro Social, de que participava de um esquema de cobrança de propinas em ministérios comandados pelo PMDB e de que comprou em sociedade com o usineiro João Lyra duas rádios e um jornal em Alagoas em nome de "laranjas". O processo que ainda pode ser aberto contra Calheiros mas que está na Mesa do Senado é referente à denúncia de que ele patrocinava por intermédio de assessores a espionagem de colegas do Senado.

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