O privilégio dispensado pelo ex-governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, a grupo de empresários foi apontado ontem como principalmente motivo da crise financeira do Estado. Segundo levantamento realizado pela Secretaria Estadual de Fazenda, Zeca do PT gastou entre os últimos três dias de seu mandato R$ 116 milhões com pagamentos de empreiteiras e prestadoras de serviços ao Estado.

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?O dinheiro daria para pagar os serviços da dívida do Estado com a União, que é de quase R$ 47 milhões, e sobraria para quitar os salários dos servidores referentes ao mês de dezembro?, observou o governador André Puccinelli (PMDB). Comentou que o comportamento de seu antecessor resultou no bloqueio das contas do Estado, que foi suspenso até a próxima segunda-feira. O adiamento foi conseguido anteontem, durante reunião com o presidente Lula.

?É o prazo máximo. Caso não seja pago na segunda, o bloqueio será inevitável?, afirmou. Depois explicou que técnicos da Fazenda estão procurando contatar os grandes contribuintes de ICMS para antecipar o pagamento do imposto, visando arrecadar os R$ 47 milhões. Sobre e esse e outros problemas constatados neste início de governo comentou que ?não imaginava tanta desorganização e irresponsabilidade, mas estamos trabalhando para reverter a situação?.

Puccinelli acredita na possibilidade de que, além de privilegiar alguns credores, Zeca do PT pode ter tido o propósito de dificultar o trabalho do novo governo, desobedecendo a ordem das prioridades no que se refere as dívidas do MS ?no apagar das luzes?. Sobre essa hipótese, disse: ?Quem era o governador dia dois de janeiro? Então, estamos averiguando isso?.

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