Brasília – O líder do PSDB no Senado, senador Arthur Virgílio Neto (AM), informou nesta quinta-feira que procurou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para protestar contra a prisão do ex-ministro e ex-prefeito de João Pessoa Cícero Lucena, presidente regional do PSDB na Paraíba, acusado de fraudes em licitações. O ministro prometeu enviar a documentação para o senador esclarecendo a prisão. Para o senador, está em jogo o princípio do enfrentamento ao arbítrio.

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"Se este é o caminho que o governo escolheu, o Brasil passará por situações de enorme inquietação", afirmou o senador. Arthur Virgílio disse ter advertido o ministro da Justiça de que a saída para o governo não é ficar criando culpados para tentar se salvar das acusações de corrupção. "O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve se explicar quanto às denúncias de irregularidades em seu governo", ressaltou.

Como líder do PSDB, o senador pediu o registro no Senado da nota da executiva do partido em protesto contra a prisão de Cícero Lucena. Ele acrescentou que não havia necessidade da prisão de Lucena, que ‘não iria comprar uma passagem só de ida, fantasiado de Marcos Valério’. Arthur Virgílio disse ainda que apoiava a sugestão da jornalista Dora Kramer de que o presidente da CPI dos Correios, senador Delcidio Amaral (PT-MS), use seu direito de contestar os habeas corpus em que os depoentes vêm se escudando para não fornecer todas as informações aos parlamentares.

Em aparte, os senadores Heráclito Fortes (PFL-PI), José Maranhão (PMDB-PB) e José Agripino (PFL-RN) se somaram a Arthur Virgílio no protesto pela prisão de Cícero Lucena. O senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) também reclamou da prisão do ex-prefeito Cícero Lucena (PSDB). "O Brasil se transformou num aparelho policial que prende inocentes", disse.

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