Primeira enclíclica de Bento XVI é bem recebida

A opção do papa Bento XVI por tratar do amor em sua primeira encíclica mereceu elogios de religiosos, filófosos e teólogos ouvidos pela Agência Estado

A seguir, a repercussão da encíclica papal:

Cláudio Hummes, arcebispo de São Paulo: "A primeira carta encíclica do papa Bento XVI trata do amor e de sua fonte, que é Deus. Então, nós pedimos que esse amor de Deus se faça presente nessa cidade e que nós saibamos amar uns aos outros.?

Luiz Felipe Pondé, filósofo e professor de Teologia e de Ciências da Religião da PUC-SP: "É um bom conceito teológico para começar oficialmente um papado. Isso passa uma boa imagem. Falar de amor é falar da preocupação com o outro. Falar de amor é lembrar que Deus tende a ser compreensivo.

Hans Küng, teólogo suíço: "A encíclica esquece questões-chave sobre caridade e justiça na Igreja Católica, como com relação aos casais que usam anticoncepcionais, aos divorciados que voltam a se casar, ao clero protestante e anglicano. Joseph Ratzinger seria um grande papa se, a partir de suas palavras justas e importantes sobre o amor, aceitasse que elas implicam conseqüências valiosas sobre as estruturas da Igreja. Se poderia esperar que além da Congregação Católica Romana da Fé houvesse uma congregação de amor.

Denis Vienot, presidente de Caritas Internationalis: "Esperávamos uma encíclica sobre temas como o ecumenismo e o diálogo inter-religioso. Ela constituiu um extraordinário chamamento a comprometer-se com a sociedade. Deus caritas est (Deus é amor) lembra que a Igreja deve lutar pela justiça social.

Fernando Altemeyer, professor de Teologia da PUC-SP: "Acho bonito fazer um encíclica sobre o amor. Isso é raro. Normalmente as encíclicas são como programas de governo, definem prioridades.

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