A estação ainda é o inverno e a primavera só chega no dia 23 de setembro. Mesmo assim, os meteorologistas já avisaram que a nova estação vai ser mais quente que a média histórica dos últimos 30 anos. Um estudo sobre o clima nos meses de setembro, outubro e novembro, feito pelos especialistas do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec/Inpe), revela que a primavera pode ter algumas frentes frias, mas terá temperaturas mais altas.
?Não podemos quantificar, mas sabemos que as temperaturas estarão mais elevadas e a primavera será sim mais quente, acima da média?, considerou o meteorologista Lincoln Muniz Alves. A média histórica da região sudeste do País, por exemplo, é de máximas de 32 graus.
A explicação para o calor antecipado é a mesma que ocorreu no inverno: uma massa de ar quente e seco – semelhante a uma tampa de panela – se posiciona na atmosfera e impede a formação de nuvens, que amenizam o calor e provocam chuvas.
?A tendência dos atuais modelos do clima e a configuração atual da atmosfera nos faz prever a primavera. Também teremos baixos índices de umidade do ar.? A estiagem deve se estender até a primeira quinzena de outubro e somente depois desta data é que o período de chuva ocorre.
Apesar da previsão de calor, a previsão do clima não descarta frentes frias que poderão mudar as temperaturas drasticamente. ?A primavera é uma estação de transição, entre o inverno e o verão, e pode ser que ocorram períodos de frio, que vão diminuindo gradativamente.? Segundo o especialista, o fenômeno El Niño – superaquecimento das águas do Oceano Pacífico – vai ser de fraca intensidade, segundo projeções dos modelos oceânicos e não deve afetar diretamente a primavera.
