A Polícia Civil anunciou nesta quarta-feira a prisão de quatro suspeitos de participar do atentado que causou a morte de um policial militar e deixou outro ferido, no dia 27 de abril, em Sorocaba (SP). Depois do crime, 14 pessoas foram assassinadas em vários pontos da cidade. De acordo com a polícia, a morte do policial foi encomendada pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação envolveu as polícias Civil e Militar e foi acompanhada pelo Ministério Público Estadual.
Segundo a polícia, o suspeito Juliano Cardoso de Lima, um dos detidos, recebeu a missão de matar aleatoriamente um policial militar. Conforme as investigações, ele tinha uma dívida com integrantes da facção em razão de supostamente não ter evitado a apreensão, pela polícia, de armas e drogas. Lima pediu ajuda a outros quatro criminosos para armar uma emboscada a uma viatura policial.
No carro em que ele emparelhou com a viatura, numa avenida da zona norte, estavam outros três suspeitos. O quinto homem dava cobertura em outro veículo. Foram feitos 16 disparos. O soldado Sandro Luiz Gomes, de 35 anos, foi atingido na cabeça. Um sargento que fazia o patrulhamento com ele foi ferido de raspão no pescoço. Depois do ataque, os bandidos se refugiaram num sítio, em Araçoiaba da Serra, cidade vizinha. O dono da propriedade está entre os presos. Um dos suspeitos, já identificado pela polícia, continua foragido.
Depois do assassinato do policial, 14 pessoas foram mortas em sete lugares diferentes de Sorocaba. A maioria dos crimes teve características de execução. Num dos casos, três corpos estavam carbonizados no interior de uma perua Kombi. Todos tinham marcas de tiros. Em possível reação, três ônibus foram queimados. A Secretaria da Segurança Pública do Estado deslocou equipes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) para Sorocaba. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) pediu empenho na apuração. A Polícia Civil informou que as investigações estão avançadas e que três das mortes estão praticamente esclarecidas.