Uma comissão externa do Congresso Nacional iniciou ontem, no Texas (EUA), uma visita de cinco dias para negociar a repatriação de brasileiros presos por imigração ilegal naquele país. A mairoia dos imigrantes ilegais brasileiros vem do Paraná, de Minas Gerais e São Paulo. Segundo as autoridades americanas, há brasileiros retidos há quase quatro anos. Formada pelos senadores Hélio Costa (PMDB-MG) e Marcelo Crivella (PL-RJ) e pelo deputado João Magno (PT-MG), a comissão espera que pelo menos 922 brasileiros presos por imigração ilegal retornem ao País.

Desse total, de acordo com o Departamento Americano de Segurança Interna, 349 reúnem condições de voltar imediatamente ao País. A assessoria de imprensa do senador Hélio Costa informou que os 533 restantes aguardam uma autorização da Justiça americana. A visita, informa a assessoria, poderia acelerar tal processo.

Os Estados Unidos propõem que o retorno dos brasileiros seja feito em vôos fretados, financiados pelo próprio governo norte-americano. Cada preso brasileiro custa aos cofres do país cerca US$ 2,4 mil mensais. Além de tentar tornar mais rápido o processo de repatriação os parlamentares brasileiros visitarão os presídios do Estado do Texas, para apurar denúncias de maus tratos e torturas contra brasileiros.

A comissão estima que outros 800 brasileiros estejam presos por imigração ilegal no Reino Unido, e outros 200 em Portugal. A expectativa é de que uma visita semelhante seja feita nesses dois países, para acelerar o processo de repatriação.

Contrabando

Enquanto os parlamentares tentam resolver a situação de brasileiros presos nos Estados Unidos e outros países onde vão buscar alternativa de emprego, no próprio Brasil, a situação continua difícil. Contrabandistas e sacoleiros aproveitaram o fim de ano, com folga na fiscalização na Ponte da Amizade, para passar mercadorias compradas no Paraguai.

Eles compram produtos acima da cota de 150 dólares e não tiveram dificuldades em passar pelo posto da Receita Federal em carros e vans abarrotados de produtos. A Receita informou que a fiscalização na fronteira está menos rigorosa porque parte dos funcionários que trabalha na Ponte da Amizade entrou de férias e não foi substituída.

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