Presos em Rondônia são condenados a 400 anos de prisão

Os dois acusados de liderar o motim que resultou na chacina de 27 presos em janeiro de 2002, no presídio José Mário Alves – Urso Branco, em Porto Velho, Rondônia, foram condenados a mais de 400 anos de prisão cada um, segundo informações do Tribunal de Justiça do Estado.

O julgamento, que começou na quarta-feira, em Porto Velho, condenou Michal Alves das Chagas, conhecido como Chimalé, e Anselmo Garcia de Almeida, conhecido como Fininho ou Jornal. Além deles, outros 14 detentos na época dos crimes serão levados a julgamento.

Chimalé teve a pena base definida em 18 anos, que multiplicada pelo número de vítimas, resultou na condenação definitiva de 486 anos de prisão em regime fechado. Já Fininho teve a pena base calculada em 16 anos e seis meses de reclusão, num total de 445 anos e seis meses de prisão em regime fechado.

Cabe recurso da decisão, o que já foi pedido pelas defesas. Os acusados não têm direito a aguardar a decisão em liberdade e foram encaminhados de volta ao presídio assim que foi encerrada a sessão, no fim da noite de ontem.

De acordo com o Ministério Público, Michel Alves das Chagas já era condenado a 37 anos de prisão por homicídio, latrocínio e assalto. Já Anselmo Garcia de Almeida tem 14 condenações por assalto e duas por porte ilegal de armas. Ele já cumpriu nove anos de detenção.