Doze pessoas foram presas hoje durante a operação Da Shan, da Polícia Federal de Rondônia, acusadas de tráfico internacional de pessoas. Entre os presos está o líder do grupo, Zhu Ming Wen, conhecido como Tony, que foi detido na região central de São Paulo. Os outros 11 acusados foram presos em Rondônia. O objetivo da operação é o de desarticular uma quadrilha especializada em introduzir ilegalmente cidadãos chineses no território brasileiro. Foram expedidos, pela Justiça Federal, 14 mandados de prisão preventiva e 24 mandados de busca apreensão a serem cumpridos em Porto Velho e Guajará-Mirim, em Rondônia, São Paulo e Recife, em Pernambuco.
As investigações começaram em 2008 com prisões em flagrante realizadas em Porto Velho, Ji-Paraná e Vilhena, no sul de Rondônia. Em uma das ações, chineses foram presos tentando embarcar com o carimbo de visto de entrada falsificados. Segundo a PF, este grupo é composto por aliciadores, denominados coiotes, que atraem estas pessoas com promessas de trabalho. Eles eram liderados por uma cidadã paraguaia atuante em seu país e na Bolívia, que foi presa em flagrante este ano ao transpor a fronteira em Foz do Iguaçu com vários chineses.
Os chineses, em sua maioria, vêm da província denominada Fujian, famosa por abrigar algumas das maiores fábricas de produtos pirateados do mundo. A rota usada costumava passar pela Holanda, Peru, Equador, Bolívia e Brasil. O líder do grupo, além de controlar a chegada dos chineses, também é acusado de enviar de mercadoria contrabandeada de São Paulo para Recife.