Campinas – Policiais da Delegacia Anti-Seqüestros (Deas) de Campinas capturaram ontem Manuel Alves da Silva, o Sasquat, apontado como líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na região de Campinas. Ele estava em casa alugada na cidade de Itapetininga, onde morava há quatro meses com a mulher e uma filha. Sasquat havia fugido há um ano e meio da cadeia de Pinheiros, em São Paulo. Sasquat é suspeito de envolvimento em dois atentados a policiais na região, em que morreram dois policiais civis, em Sumaré, e um militar, em Campinas, e no transporte de dinamites que seriam usadas num atentado contra a Bolsa de Valores de São Paulo, segundo o delegado da Deas, Joel dos Santos. As bananas de explosivo foram abandonadas na Rodovia Anhangüera, em Campinas.

A ficha policial de Sasquat é extensa, inclui inquéritos em que é acusado de homicídio, seqüestro, tráfico de drogas, roubo a banco, joalheria, residência, estabelecimento comercial e de carga. O diretor do Departamento de Polícia do Interior 2 (Deinter-2), Laerte Goffi Macedo, disse que Sasquat foi condenado a pelo menos 25 anos por roubo e homicídio.

De acordo com o acusado, são no máximo 14 anos. Ele contou que fugiu da cadeia “cinco ou seis vezes” e que morou em “oito ou nove” casas diferentes em várias regiões do Estado desde a última fuga, em março do ano passado. Em conversa com os repórteres, Sasquat negou participação nos atentados a policiais e a suposta liderança do PCC na região. “Minha função é correr atrás de dinheiro. Desde que fugi, estava me escondendo”, afirmou.

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