São Paulo
– O empresário Armando Mellão Netto, terceiro suplente de deputado estadual pelo PMDB e ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo, foi preso ontem em flagrante por policiais federais acusado de extorquir 11 empresários, doleiros e políticos com a promessa de impedir que fossem investigados pela CPI do Banestado. A prisão ocorreu em um apartamento no 5.º andar do flat Trasamérica La Residence, no Jardim Europa, quando recebia R$ 581.400,00 do advogado do empresário Reynaldo de Barros Filho, Laércio Bento Lopes. O valor era parte de um pagamento de US$ 2,4 mil exigidos por Mellão.Além de pedir a prisão temporária por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco, a Polícia Federal solicitou à Justiça Federal a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Mellão. Ele responde por crimes de extorsão, exploração de prestígio e contra o sistema financeiro. Algemado, nervoso e gaguejando, Mellão deixou o flat às 11h30 a bordo de um carro da polícia federal. “Ele chegou a molhar as calças”, confidenciou um delegado.
Investiga
Em janeiro, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, recebeu ofício do deputado federal José Mentor (PT-SP), relator da CPI Mista do Banestado, que recebeu informações de que Mel-lão estava extorquindo empresários que seriam investigados. A partir daí, a PF, com autorização da Justiça, passou a fazer o monitoramento telefônico e filmagens das atividades de Mellão.
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