A luz da cela 1 da ala B do setor de custódia da Polícia Federal de São Paulo não é apagada durante a madrugada. Sentado no beliche de cimento, Freddy Rincón vai escrevendo e empilhando cadernos de brochura. Neles está sua vida e os motivos que o levaram dos melhores quartos de hotéis do mundo a uma cela na prisão. Só descansa quando pega a sua Bíblia e começa a rezar. Assim mantém a sanidade mental e foge da depressão – diz.

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O capitão do título mundial do Corinthians e um dos maiores jogadores da história colombiana está preso desde o dia 10 de maio. É acusado pelo governo do Panamá de lavagem de dinheiro e associação com o narcotráfico. Rincón havia investido US$ 400 mil (R$ 760 mil) em uma empresa de lanchas Nautipesca. Suas lanchas foram interceptadas levando cocaína do Panamá para os Estados Unidos. Por trás da empresa estava o traficante Pablo Rayo Montaño em quem Rincón confiou o seu dinheiro por conhecê-lo desde a infância. Os dois nasceram em Buenoaventura.

A vida do jogador foi dissecada pelo Drugs Enforcement Administration (DEA) dos Estados Unidos e nada foi encontrado contra ele. Rincón está sendo acusado apenas pelo governo panamenho.

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