O deputado estadual Natalino Guimarães (DEM) foi preso na madrugada desta terça-feira (22) no Rio de Janeiro. Ele é acusado comandar um grupo de milicianos na zona oeste da capital. Outras cinco pessoas foram presas na casa dele, onde a polícia também apreendeu uma lista com nomes de supostos empregados da milícia e valores (de R$ 300 a R$ 1,7 mil) que seriam pagos a eles semanalmente. Segundo o delegado Marcus Neves, da 24.ª Delegacia de Polícia, onde Natalino está preso, também foram encontrados na casa um fuzil, duas escopetas, uma submetralhadora, seis pistolas e três revólveres.
As seis pessoas foram presas em flagrante sob as acusações de formação de quadrilha, porte de arma, tentativa de homicídio e favorecimento pessoal (na casa havia um foragido da polícia). Segundo Neves, por volta das 23 horas cerca de 30 policiais cercaram a casa do deputado, em Campo Grande, na zona oeste. A polícia afirma que naquela hora aconteceria uma reunião de milicianos. O delegado disse que houve troca de tiros e que sete pessoas conseguiram fugir.
Fábio Pereira de Oliveira, o Fabinho Gordo, que é foragido e supostamente trabalhava como segurança do deputado, foi baleado em uma das mãos. Dos sete que fugiram, um PM e um ex-PM foram identificados pela Polícia Civil. Natalino negou que tenha participação na milícia. Ele disse que estava chegando em casa quando foi surpreendido pela polícia. Segundo o deputado, os policiais atiraram primeiro e ele correu para dentro de casa, para proteger-se. Ele admitiu que havia uma pistola e uma escopeta na casa. Na manhã desta terça, cerca de 50 pessoas fizeram um `panelaço’ na frente da 24.ª DP. Policiais militares usaram gás de pimenta para conter a manifestação de apoio a Natalino.