Preso chinês acusado de evasão

Manaus – A Polícia Federal cumpriu ontem mandatos de busca e apreensão na sede da empresa Madeiras Compensadas da Amazônia, em Manaus, e na casa do chinês Mao Am Wang, que seria sócio da madeireira. A ação faz parte da Operação Muralha, que investiga o trabalho ilegal de estrangeiros e suposta evasão de divisas que teria sido realizada nos últimos cinco anos. Segundo a polícia, cerca de US$ 1,9 milhão teriam saído do País de forma ilegal.

Na sede da empresa, a polícia localizou sete chineses com vistos ilegais. Alguns estavam escondidos no forro da madeireira. Eles receberam da PF pedidos de extradição que deve ser cumprido em oito dias, sob o risco de serem deportados após este prazo.

Em depoimento na PF, o empresário Mao Am Wang, que é naturalizado brasileiro, disse que tinha comprado a madeireira há dois anos. ?Só tenho tido prejuízos e não tenho nada a ver com esses US$ 1,9 milhão que saíram ilegais, a empresa só é minha há dois anos?, disse. Ele afirmou que não iria falar sobre os funcionários com vistos ilegais.

Os mandados de busca e apreensão, na madeireira e na casa do empresário, foram expedidos pela juíza Raquel Soares Chiarelli, da 2.ª Vara Federal. Nas buscas, os policiais apreenderam documentos e HDs (memórias de computadores).

Operação Muralha deve resultar no indiciamento do empresário pelos artigos 21 e 22 da lei 7492/86, por evasão de divisas e sonegação fiscal. ?Os documentos apreendidos servem para aprofundar as investigações e verificar qual a ligação entre os crimes investigados de evasão de divisas e a vinda dos chineses ilegalmente?, disse. Segundo o delegado da PF, Humberto Ramos Rodrigues, a madeireira é reincidente em trazer estrangeiros ilegais ao Brasil. 

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo