Preso acusado de matar milionário da Mega-Sena

São Paulo (AE) – O ex-policial militar Anderson Silva Souza, acusado de ser o autor dos disparos contra Renné Senna, milionário que ganhou R$ 52 milhões na Mega Sena e foi assassinado no início de 2007, se entregou ontem para a polícia. O ex-policial era procurado desde quinta-feira, e prestou depoimento na Delegacia de Homicídios, no centro do Rio de Janeiro, acompanhado de um advogado. A polícia procura agora a esposa de Anderson, Janaína da Silva Oliveira, que está desaparecida. Ela também é acusada de participação no crime e, de acordo com os policiais, deve ser presa a qualquer momento.

Anderson Silva Souza se apresentou ao delegado de homicídios Roberto Cardoso protestando inocência e, segundo seu advogado, Julio Braga, alegando ser um estudante de Direito e pessoa honesta. No entanto, acabou sendo preso em flagrante por uso de documento falso, ou seja, por crime de falsidade ideológica. Ele apresentou uma carteira de perito judicial que, segundo a polícia, é falsificada, já que nunca exerceu esta função. Este cargo, segundo Cardoso, é preenchido por indicação de juízes de direito e é necessário que o beneficiado tenha curso superior. Com a prisão em flagrante de Anderson por falsidade ideológica, o delegado Roberto Cardoso sequer o interrogou pelo assassinato do milionário, pelo qual ele é um dos principais suspeitos.

O advogado Júlio Braga também negou que Anderson, cuja prisão temporária tinha sido decretada anteriormente pela juíza de Rio Bonito, tenha sido amante da viúva do milionário da Mega-Sena, Adriana de Almeida. Segundo Braga, a mulher de Anderson, Janaína, é uma professora de educação física e jamais foi garota de programa, como a polícia acusou.

Outras prisões

Na quinta-feira, foram presos dois policiais militares que trabalhavam como seguranças de Senna. Também foi apreendida uma motocicleta que pode ter sido usada no crime. Ela é azul escura, enquanto a dos assassinos foi descrita como sendo roxa, cor parecida. A moto estava na casa do filho de um dos PMs presos: o sargento Ronaldo Amaral de Oliveira, do 16.º batalhão.

Na residência, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foi encontrada também uma garrucha. Por causa disso, o rapaz, de 25 anos, cujo nome não foi divulgado, também foi preso. O outro PM capturado foi o cabo Marco Antônio Vicente, do 9.º batalhão da PM. As prisões foram efetuadas pela Corregedoria da PM.

Na terça-feira, a viúva de Senna, Adriana, foi presa e indiciada por envolvimento no assassinato do marido. A prisão temporária, por 30 dias, foi decretada pela juíza Renata Alcântara, da 2.ª Vara Criminal de Rio Bonito, com base em escutas telefônicas e quebra do sigilo bancário. A juíza bloqueou contas de Adriana e decretou a prisão de quatro ex-seguranças do casal: um bombeiro, um ex-policial militar e dois PMs da ativa.

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