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Belo Horizonte – Apontado como um dos maiores assaltantes de bancos do Brasil e um dos principais traficantes do Espírito Santo, José Antônio Marim, o Toninho Pavão, de 43 anos, foi preso por agentes da Polícia Federal no final da tarde de anteontem, em Belo Horizonte. Marim estava foragido desde maio do ano passado, quando escapou de um presídio de segurança máxima localizado em Viana (ES). Na época, a fuga chamou a atenção porque ele deixou um boneco em seu lugar. Testemunhas afirmaram que Marim saiu pela porta da frente da unidade prisional, o que levantou a suspeita de facilitação. Ele escapou no dia 25, um domingo, mas sua ausência só foi notada no dia seguinte, quando foi feita a contagem dos detentos.

"Ele é considerado o maior assaltante de bancos do País" disse ontem o delegado Ricardo Amaro, durante a apresentação do criminoso, na Superintendência de Polícia Federal em Minas Gerais. Nos últimos cinco anos, a PF atribui a Marim e sua quadrilha cerca de 100 assaltos a bancos. Nas ações, concentradas nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Minas e Bahia, o bando costumava seqüestrar os gerentes em falsas barreiras policiais.

"Eles tinham como modus operandi amarrar bombas ao corpo das vítimas para obrigá-las a abrir o cofre", disse Amaro. Segundo o delegado, Marim, porém, cumpria pena de 12 anos por tráfico de drogas. A PF estima que sua quadrilha era responsável pela movimentação mensal de 1,5 tonelada de maconha, que era comprada na fronteira do Paraguai e distribuída para os centros urbanos do País.

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Além de assalto, segundo Amaro, o criminoso ainda responde a inquérito por homicídio e seqüestro. A PF informou que ele foi preso em um campo de várzea, no bairro Palmares, região nordeste da capital mineira. Marim estava assistindo a uma partida de futebol, da qual participava seu filho. Apesar de não estar armado, o assaltante e traficante resistiu à prisão e entrou em luta corporal com os policiais. Ele foi detido em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela 5.ª Vara Criminal de Vitória (ES). Marim teria chegado a Belo Horizonte no dia anterior e portava um documento de identidade falso, com o nome de Geraldo Magela Dias Costa.

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