Os 40 mil moradores de Presidente Venceslau, no oeste paulista, estão divididos entre o alívio pela saída dos integrantes do PCC que estavam na Penitenciária 2 e o medo de represálias. “Houve ameaças de atentados a bancos e repartições públicas, se eles fossem transferidos. Está todo mundo muito tenso e de prontidão”, diz o presidente da Associação Comercial e Industrial, Eliomar Gomes da Silva. Ele espera que a promessa de se manter uma força-tarefa de segurança na cidade seja cumprida.

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Mais otimista, o secretário municipal de Ações Estratégicas, Élcio de Paula Souza Filho, acredita que a população está mais aliviada. Ele lembrou que o medo aumentou no fim do ano passado, quando se fez uma “operação de guerra” para controlar o entorno, após a descoberta de um plano de resgate de Marcola. “Vieram equipes de referência da Polícia Militar, como a Rota. O aeroporto foi fechado com barreiras físicas durante 20 dias.”

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Já no entorno dos presídios federais, o clima é de expectativa. Mesmo a Penitenciária Federal de Porto Velho ficando a 50 quilômetros da área urbana, alguns moradores estão receosos. “Pelo histórico, quando esses presos famosos são transferidos, os familiares vêm atrás, os seguidores. Então, é arriscado”, disse o professor, Augusto Ribeiro da Fonseca. “Mesmo que a gente não saiba de fuga de presos ou rebelião no presídio de Porto Velho, a gente acompanha os casos do Ceará, e de outros Estados, que passam por problemas com essas facções”, disse a funcionária pública Fátima Santos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.