Presidente lança campanha do programa Brasil alfabetizado

A campanha do programa Brasil Alfabetizado será lançada no próximo dia 8 de setembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O lançamento ocorrerá no momento em que o programa alcança a marca de um milhão de pessoas alfabetizadas, com recursos do Ministério da Educação”, afirmou o ministro Cristovam Buarque.

Em menos de oito meses foram assinados 37 convênios com governos estaduais e municipais, organizações não-governamentais e entidades privadas. Entre eles, CNI/Sesi, Pastoral da Criança/CNBB, MST/Anca, Alfalit, Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais, Alfabetização Solidária, Centro Educacional Paulo Freire/DF e Fundação Municipal para Educação Comunitária/Campinas(SP).

Hoje, 27, um novo convênio foi firmado entre a Secretaria de Erradicação do Analfabetismo/MEC e a Federação Interestadual das Escolas Particulares (Fiep).

O protocolo de intenções envolve as 25 mil instituições de ensino da entidade e a indústria da construção. “Os moinhos de ventos são reais e não “pixotecos”, destacou o presidente da Fiep, Claudio Tricate, ao reafirmar o compromisso das escolas particulares com a meta de abolir o analfabetismo no Brasil.

Segundo ele, as instituições querem atuar nos 10 mil canteiros de obras de todo o país, alfabetizando, por ano, 500 mil operários.

As escolas oferecerão os professores e/ou as salas de aula e as construtoras cederão três horas semanais para que os funcionários participem dos cursos de alfabetização, que poderão ser dados, também, na própria empresa.

“Canteiro de obra pode, também, ser escola”, disse o ministro Cristovam Buarque durante a assinatura do protocolo. “Alfabetizar os brasileiros beneficia a todos. Quantos acidentes não acontecem porque um operário não consegue ler um aviso?”, questionou.

O ministro sugeriu aos donos de escolas particulares que implantem nos currículos de ensino médio a disciplina alfabetização. “Um jovem alfabetizador será um cidadão melhor”, disse Cristovam.

O ministro declarou, ainda, que a proposta de incluir, como crédito obrigatório, “Alfabetização de Adultos” no currículo de todos os cursos de nível superior, também foi levada às universidades federais. “Não é para fazer favor aos analfabetos. Aprende muito quem está sendo alfabetizado, mas, aprende mais, quem ensina. O aluno alfabetizador será um profissional melhor”, disse ele.

O construtor e senador Paulo Octávio (PFL-DF), pioneiro na implantação de cursos de alfabetização em canteiros de obras, aplaudiu a parceria que envolve o governo federal e dois grandes sindicatos nacionais (escolas particulares e construção civil). “O operário alfabetizado muda no trabalho, na família, na produção. Ele fica mais cidadão e o recurso investido não é alto”, garantiu.

As empresas do senador alfabetizam funcionários desde 1989 e, além da Educação de Jovens e Adultos, oferece classes das primeiras séries do ensino fundamental.

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