Presidente do Senado trabalha para obter sua salvação no plenário

Convencido de que será derrotado quarta-feira no Conselho de Ética, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), trabalha para garantir a derrubada no plenário do parecer que pede a cassação de seu mandato. De iniciativa dos relatores Renato Casagrande (PSB-ES) e Marisa Serrano (PSDB-MS), o parecer aponta oito procedimentos de Renan que caracterizariam quebra de decoro parlamentar. A expectativa é de que o relatório seja aprovado por 10 votos a 5, mesmo placar da última quinta-feira, quando o colegiado decidiu pela adoção do voto aberto.

Renan não compareceu nesta segunda-feira (3) ao Senado. Segundo seus assessores, ele ficou em casa dando telefonemas para os colegas. A estratégia do peemedebista agora é convencer seus companheiros de Senado a absolvê-lo em votação do plenário. No plenário, o presidente do Senado deve contar com o apoio de petistas fiéis ao comando do Planalto. A votação deve ocorrer na semana que vem. Antes, o parecer aprovado no Conselho será submetido à Comissão de Constituição e Justiça, encarregada de atestar a admissibilidade da representação.

Renan é investigado por suposta quebra de decoro em três processos diferentes. O primeiro deles diz respeito à suspeita de que o peemedebista teria suas despesas pessoais pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior. A segunda representação refere-se à suspeita de que Renan teria favorecido a cervejaria Schincariol junto ao INSS e à Receita Federal. A terceira denúncia trata da parceria de Renan com o usineiro João Lyra na compra de um jornal diário e duas emissoras de rádio em nome de laranjas.

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