Envolvido em nova denúncia, dessa vez, sobre suposto esquema de recebimento de propina que teria a participação de integrantes do PMDB, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se reuniu neste sábado (1/9) com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, um dos principais interlocutores políticos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi à residência de Renan nesta manhã.

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Em entrevista à revista Época, o advogado Bruno de Miranda Lins, ex-marido da assessora parlamentar de Renan e afilhado de casamento do senador, disse que o ex-sogro, o empresário Luiz Carlos Garcia Coelho, operava um esquema de arrecadação de dinheiro para o presidente do Senado em ministérios chefiados pelo PMDB, como o da Previdência Social e o da Saúde. O advogado contou à revista que ele próprio buscou dinheiro de suposta propina por, pelo menos, seis vezes. Em uma delas, segundo declarou à Época, carregou em uma sacola R$ 3 milhões, que seria do BMG.

Com base nessa revelação, o DEM vai analisar se entra com nova representação contra Renan no Conselho de Ética. O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), anunciou que vai convidar Bruno Miranda a depor no Senado. Vai ainda consultar a Polícia Federal sobre o inquérito e pedir cópia da documentação que está sendo investigada. Ex-diretor da PF, Tuma disse que desconhecia essa nova denúncia contra Renan.

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