Presidente diz viver momento de reflexão sobre o Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente, em entrevista coletiva, o papel da Polícia Federal na divulgação de processos que correm sob sigilo. "Estou vivendo um momento de reflexão, porque temos uma escuta telefônica que faz parte de um processo, que deveria ser sigiloso. Ao delegado (da PF) cabe investigar e não ficar passando informação para a imprensa", criticou.

Segundo o presidente, a Polícia Federal "é uma instituição que tem um poder enorme e, por essa razão, sua responsabilidade aumenta", e destacou que não é possível que "eventuais problemas internos da instituição possam servir de instrumento para a divulgação de processos sigilosos".

Na entrevista coletiva, Lula defendeu os seus irmãos que foram grampeados pela PF. E ao ser questionado sobre o teor dessas conversas, ele retrucou: "O presidente da República não pode ficar respondendo sobre telefonemas. É melhor esperar pelas investigações. É preciso tomar cuidado com julgamentos precipitados. As pessoas são inocentes até prova em contrário". E reiterou que o correto é esperar a apuração dos fatos e os eventuais indiciamentos e julgamentos. "Até lá, as pessoas são todas inocentes." Ele disse que os culpados serão punidos, mas lamentou: "Os inocentes não terão as mesmas manchetes dos jornais".

Ainda criticando as eventuais disputas internas na Polícia Federal, Lula comentou mais uma vez o vazamento de informações para a imprensa. "As pessoas vão sendo execradas por essa atitude", frisou. O presidente disse que é um republicano e, por isso, defende a apuração correta de todos os fatos. Apesar das críticas, o presidente disse que a PF deve cumprir o seu papel e o processo seguir o seu curso normal.

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