O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, afirmou nesta quarta-feira que as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para pressão na rede de água devem ser relativizadas na situação de anormalidade em que a estatal se encontra. “Não há dúvida nenhuma que não estamos em condições de normalidade, então normas da ABNT, direitos individuais, em uma situação em que o interesse coletivo e a segurança hídrica estão ameaçados, devem ser relativizados”, afirmou.
Ele disse não saber desde quando a Sabesp mantém a pressão nas redes abaixo do recomendado, de 10 metros por coluna de água. Depois, ressaltou que não está dizendo que a Sabesp não cumpre a norma da ABNT. “Estou dizendo que não estamos em condições normais. Essa é uma medida mitigadora para evitar algo muito pior, que seria o rodízio”, disse.
“A diminuição de pressão, é óbvio que em alguns pontos, ainda poucos em termos porcentuais, mas muitos em termos absolutos, significa que a pressão é menor que 10 metros, é claro”, acrescentou. Mais cedo, o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, havia reconhecido que a estatal mantém a pressão abaixo do recomendado pela ABNT, de 10 metros por coluna de água. Segundo ele, a Sabesp garante um metro, para preservar a rede de distribuição. Na saída da CPI da Sabesp, Kelman novamente preferiu não prever um valor para o reajuste tarifário que deve ser concedido em abril.