Presidente da OAB cobra nomes de Lula

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, cobrou hoje, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os nomes dos que o traíram, afirmando que ele ?tem o dever de divulgar, publicamente, os nomes dos companheiros que lhe cravaram a faca nas costas?. Busato referia-se à entrevista dada quinta-feira por Lula para ser levada ao ar amanhã, Dia de Ano-novo, no programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão. Nela, o presidente disse que o escândalo envolvendo o PT e o governo foi ?como uma facada nas costas?, mas, a exemplo de declarações anteriores, negou-se a citar os nomes dos que o traíram, afirmando que ?não interessa se foi A, B ou C?.

Ao cobrar a divulgação dos nomes, o presidente da OAB disse que ?o presidente da República está abaixo do ordenamento jurídico e não pode deixar impunes aqueles que roubaram o dinheiro do povo brasileiro, mas também aqueles que roubaram o sonho dos brasileiros, o sonho de ver o País mais justo, o País reformado, onde haja perspectiva nítida para os jovens nascidos neste País?.

Busato observou que, ?a cada dia que passa, Lula se enrola mais na crise?. Segundo ele, parece não importar ao presidente quem ele está prejudicando ao omitir os nomes dos traidores, se seu partido, seus companheiros ou o próprio País. ?O que importa para Lula são os seus projetos personalísticos, e isto está impedindo, pelo menos até o momento, que ele divulgue quem lhe cravou uma espada nas costas?, afirmou.

Ainda segundo Busato, o presidente da República continua ?numa posição omissa e absolutamente autista em relação à crise?. O presidente da OAB avalia que essa posição foi agora agravada ?com o reconhecimento dele da existência do mensalão?. Esse reconhecimento, entretanto, foi negado ontem, pela assessoria da Presidência da República, tão logo chegou a seu conhecimento parte da entrevista de Lula.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo