O presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Sérgio Gaudenzi, afirmou que é necessária uma definição rápida dos papéis dos principais órgãos do controle aéreo – Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Aeronáutica e Infraero. "É preciso que fique muito clara a missão de cada um, porque aí ninguém bate cabeça e ninguém põe a culpa no outro, cada um assume sua própria culpa", afirmou. "Não existe um marco regulador muito claro. Há zonas cinzentas, onde um pode entrar e o outro também pode entrar, o que é ruim. E o que é pior: um não entra e o outro também não entra, porque um espera pelo outro", disse.
Gaudenzi defendeu o aumento no valor das multas que podem ser aplicadas às empresas aéreas. "O meu palpite é que as multas são pequenas e, sendo pequenas, às vezes não se trabalha para se corrigirem os defeitos." Sobre o aumento do espaço entre as poltronas dos aviões, Gaudenzi afirmou que o foco da Infraero é a segurança e que essa discussão está dentro desse enfoque. "Não se evacua rapidamente um avião com poltronas naquele espaço. Vai ter gente que não vai conseguir sair, o que é lamentável", afirmou.