O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) Márcio Meira partiu há pouco, de helicóptero, de Cacoal, município no interior de Rondônia, para a Reserva Indígena Roosevelt. Segundo a assessoria de imprensa da Funai, Meira negociará com os índios Cinta Larga a liberação de cinco pessoas que estão detidas desde sábado (8), como forma de protesto contra a exploração de diamantes na reserva.
Desde ontem na região, Meira conversou esta manhã com representantes dos Cinta Larga que foram a Cacoal. Ficou acertada, segundo a assessoria da Funai, que as cinco pessoas detidas seriam libertadas após a visita de Meira à reserva.
Também teria sido negociada a ida, semana que vem, de cinco representantes do índios a Brasília, para uma reunião com o ministro da Justiça, Tarso Genro. A assessoria da Funai informa que Meira considera as reivindicações indígenas justas, mas que algumas delas não são de responsabilidade da instituição, o que exige uma audiência com Tarso.
O presidente da Funai conversou, por telefone, com as cinco pessoas detidas e, segundo a asessoria, foi informado de que passam bem.
Ontem, os Cinta-Larga divulgaram uma carta na qual afirmam que a reserva ?tornou-se um barril de pólvora? desde a descoberta de uma jazida de diamante no local há sete anos. No texto, os índios afirmam não querer a liberação de garimpo em terras indígenas e exigem políticas de desenvolvimento sustentável para libertar os reféns