O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, espera que a disputa política em torno da instalação da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investigará o uso de cartões corporativos no Poder Executivo não atrapalhe os trabalhos da Câmara e do Congresso Nacional. No Senado, partidos de oposição ameaçaram obstruir as votações, caso o DEM ou o PSDB não fique com a presidência ou a relatoria da comissão. "Espero, sinceramente, que, se tiver que se instalar a CPI, ela produza o melhor trabalho para o País. Entretanto, não incluiria como um bom trabalho a gente não votar nada na Câmara", avaliou.
Chinaglia destacou a importância de a Câmara e o Senado cumprirem todas as suas atividades. "Uma CPI é apenas uma comissão temporária, mas há o trabalho das comissões permanentes e do Plenário, entre outros. Se depender de mim, tentaremos dar seqüência a tudo aquilo que interessa ao Brasil", declarou.
PSDB
O líder do PSDB, deputado José Aníbal (SP), declarou ser contrário à obstrução das votações em plenário caso seu partido ou o DEM não seja contemplado com a presidência ou a relatoria da CPMI dos cartões corporativos.
Aníbal ressalvou que não está administrando diretamente as discussões sobre a obstrução, mas sim o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), autor do requerimento de criação da CPMI. O líder, no entanto, disse ter manifestado a sua opinião a Sampaio.