Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), conversaram nesta segunda-feira (27) sobre a tramitação da proposta de emenda à Constituição (PEC)que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 31 de dezembro de 2011.
De acordo com Chinaglia, no encontro, o líder do governo manifestou preocupação com a possibilidade de atrasos na votação da matéria na Câmara. Segundo Chinaglia, Jucá ressaltou que cada dia a mais que a PEC fica na Câmara atrasa sua votação no Senado. O presidente da Câmara disse que informou ao ministro e ao líder que a matéria está sendo discutida na comissão especial e que sua votação no plenário vai depender das negociações entre governo e oposição.
"A votação depende de negociações. Se houver obstrução da oposição, ela pode demorar mais". Chinaglia lembrou que o governo a prorrogação da CPMF tal como ela está, ou seja, 0,38%, sem compartilhamento com estados e municípios.
Sobre a possibilidade de criação de mais duas comissões parlamentares de inquérito CPIs), uma para investigar escutas telefônicas clandestinas e outra para investigar as circunstâncias e conseqüências da transferência da TVA à Telefônica, o presidente da Câmara informou que está aguardando os pareceres jurídicos sobre a existência, ou não, de fato determinado para definir a criação das comissões.
Chinaglia informou que amanhã (28), às 11 horas, vai-se reunir com os líderes partidários para definir a pauta de votações desta semana. Ele informou que, além das medidas provisórias que estão trancando a pauta, sua intenção é concluir nesta semana a votação dos pontos da reforma política que estão pendentes de deliberação do plenário (financiamento público para as campanhas majoritárias e fim das coligações proporcionais com a criação das federações partidárias.