São Paulo – O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), promete conversar com líderes partidários e integrantes da Mesa Diretora sobre a possibilidade de interromper o recesso e agilizar as investigações sobre os problemas do tráfego aéreo, realizadas atualmente em duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs), uma na Câmara e outra no Senado. O recesso começou nesta quarta-feira (18), um dia após a tragédia com o Airbus da TAM, e termina em 1º de agosto.
?A hora em que a gente puser a cabeça no lugar, a gente vê o que pode e deve fazer?, disse Chinaglia, que foi ao Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo tentar reconhecer o corpo do deputado Júlio Redecker (PSDB-RS), um dos passageiros do vôo 3054, que pegou fogo ao se chocar com um prédio após uma aterrissagem errada no aeroporto de Congonhas.
?Eu acho que na dúvida [sobre as causas do acidente] é preciso fazer, através das CPIs que estão no Congresso, e através das autoridades [uma investigação profunda]. Tem que passar a limpo esse diagnóstico, conviver com a dúvida não dá?, afirmou. ?Ninguém suporta mais essa tensão, depois de dois acidentes tão graves seguidos. É acidente demais em curto prazo?.
Chinaglia, que é médico, disse que foi dar assistência à família de Redecker ? a esposa Salete e a filha Mariana estavam com ele no IML. Contou que não conseguiu reconhecer o corpo, mas passou algumas informações que podem ajudar na identificação, referentes a uma placa que o deputado gaúcho possui na coluna, por causa de acidente sofrido em 1998, e também de um procedimento dentário realizado recentemente. ?Pode ser que através da radiografia da coluna e da arcada dentária, haja a identificação, mas não é certeza?.
O presidente da Câmara contou que estava viajando de avião quando soube da notícia e que, posteriormente, foi sabendo de mais detalhes e ?as notícias foram se encaixando da pior maneira?.
