Rio de Janeiro – Policiais da 59ª Delegacia de Polícia, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, prenderam nesta quarta-feira (5) mais uma acusada de pertencer à quadrilha que aplicava golpes contra a Caixa Econômica Federal, que foi desarticulada pela Polícia Federal no final de agosto, na Operação Jogo Sujo.

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Vera Lúcia Pires Barbosa foi presa com a filha, Valéria Pires Barbosa, que levava na bolsa R$ 20 mil, divididos em cédulas de R$ 50. Valéria é mulher do advogado José Roberto de Freitas, preso na Operação Jogo Sujo.

Segundo o delegado de Caxias, André Drumond, a Polícia Federal não havia expedido mandado de prisão contra Valéria, e sim contra sua mãe, Vera Lúcia, portadora do bilhete premiado na loteria fraudada pelos acusados.

Drumont disse que Valéria prestou declarações contraditórias para explicar a origem do dinheiro. Segundo ele, Valéria alegou que o dinheiro correspondia ao pagamento do advogado de defesa de seu marido, que continua preso.

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"Valéria alegou que o dinheiro era fruto do trabalho dela e que o havia juntado durante um ano. Só que, depois de perguntada, ela disse que trabalhava como vendedora em uma loja e que ganhava salário de R$ 428. Se você multiplica R$ 428 por 12, não chega a R$ 20 mil", afirmou o delegado.

O delegado da Polícia Federal Oswaldo Scalezi, responsável pela Operação Jogo Sujo, disse que Vera Lúcia prestou depoimento alegando não saber que o bilhete era fraudado. "A Vera Lúcia alegou que não conhecia a origem ilícita do bilhete. Ela informou que o recebeu do genro, José Roberto, e que foi usada por ele, pois não tinha noção da emissão fraudulenta do bilhete", acrescentou Scalezi.

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De acordo com o delegado, Valéria foi liberada, mas que sua mãe, Vera Lúcia, foi encaminhada para a Polinter, e vai ficar presa durante as investigações.

As nove pessoas presas pela Polícia Federal nesta operação são acusadas de um esquema de fraude utilizando uma casa lotérica na Tijuca, zona norte da cidade, para aplicar o golpe. O dinheiro das apostas na Mega-Sena não era repassado à Caixa, que estima prejuízo de R$ 5 milhões.