Premiê indiano cobra transferência de tecnologia para pobres

O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, em pronunciamento na Rio+20, criticou os países ricos por não terem demonstrado maior disposição de aumentar o financiamento ao desenvolvimento sustentável e de transferir tecnologia “verde” aos países mais pobres.

“Muitos países poderiam fazer mais se houvesse maior disponilidade financeira e tecnológica”, disse Singh.

Apesar da crítica, ele elogiou o documento final da Rio+20, fruto de um consenso difícil num momento de “crise econômica e ebulição política no mundo inteiro”. Citou a manutenção do princípio das “responsabilidade comuns, mas diferenciadas”, pelo qual os países desenvolvidos devem pagar a maior parte dos custos da transição para um modelo que concilie avanço social e proteção ambiental, devido ao seu passivo de degradação do ambiente e consumo energético excessivo.

Singh disse, no entanto, que o princípio não significa passividade por parte dos países pobres e emergentes. “Todos devem ser proativos”, afirmou, citando redução de 25% na emissão de gases do efeito estufa por unidade do PIB na Índia, entre 1994 e 2007.

O PIB bruto da Índia é hoje um dos dez maiores do mundo, mas tem uma renda per capita ainda muito baixa, de cerca de US$ 1.300 por ano, dez vezes menor do que a brasileira e quase 40 vezes menor do que a renda per capita dos EUA.

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