Prejuízo com chuvas no Complexo Portuário do Itajaí chega a R$ 52,81 milhões

O prejuízo provocado pelas chuvas no Complexo Portuário do Itajaí, em Santa Catarina, chega a R$ 52,81 milhões. Segundo a assessoria do complexo, este valor é referente a taxas como de serviços portuários e impostos que deixaram de ser recolhidos durante os 13 dias em que o porto permaneceu fechado este mês, além de outros cinco em que o funcionamento foi parcial, abaixo de 60% da capacidade.

A atividade no complexo está sendo prejudicada pelo grande volume de chuvas que atinge a região desde o início de outubro e impede que navios atraquem no porto. Segundo a assessoria, 2.200 contêineres são movimentados no porto diariamente, gerando receita de R$ 3,52 milhões. Hoje, por exemplo, o porto está funcionando parcialmente.

Itajaí é a principal via de escoamento de aves e suínos congelados do País. Em setembro, foram exportados pelo porto 120 mil toneladas de frango congelado. Na sexta-feira, a Cooperativa Central Aurora, de Chapecó (SC), iniciou a transferência terrestre de 150 contêineres, que estavam à espera de embarque no complexo, para o Porto de Itapoá – a 160 quilômetros de distância. Um prejuízo direto de R$ 195 mil para a empresa, que exporta 85%, das 27 mil toneladas embarcadas em média por mês, por Itajaí.

Rio Grande do Sul

Parlamentares ruralistas estiveram reunidos nesta segunda-feira, 26, com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, para tratar sobre a situação dos municípios inundados depois de enchentes no Rio Grande do Sul, além de problemas em regiões produtoras dos três Estados do Sul do País em função de chuvas de granizo. O grupo também tem feito reuniões com integrantes do Ministério da Agricultura e do Ministério do Desenvolvimento Agrário. O deputado Luis Carlos Heinze (PP/RS) apresentou levantamento da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) que mostra que 23 mil produtores de fumo pediram cobertura do seguro depois dos problemas climáticos.

Os parlamentares tentam, agora, calcular o prejuízo na produção na região, não apenas para o fumo, além de levantar as dívidas de produtores com financiamentos de custeio e investimento. “Já estamos alertando os bancos”, disse ao Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. “Fizemos uma reunião na sexta-feira (23/10) para poder fechar a posição e para ver quanto é a perda. Devemos ter um número fechado no decorrer desta semana”, relatou.

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