O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou na manhã deste sábado (7) que a Procuradoria Geral do Município entrará com recurso contra a decisão judicial que interditou a Ciclovia Tim Maia, no trecho que interliga os bairros de Leblon e São Conrado, na zona sul. No dia 21 de abril, um trecho da ciclovia desabou e matou duas pessoas. A decisão proferida pelo juiz Marcelo Martins Evaristo da Silva, da 9ª Vara de Fazenda Pública do Rio, estabelece multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento.

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“Decisão judicial a gente não contesta, tem que respeitar. Mas a Procuradoria vai contestar porque aquele trecho, onde foi determinada a interdição, na verdade já existia. É a ligação do Leblon com a comunidade do Vidigal, é quase a calçada para chegar ao Vidigal. Essa interdição prejudica os moradores da comunidade”, afirmou o prefeito.

Paes disse que os procuradores do município vão esclarecer ao juiz que não há nenhum risco no trecho que dá acesso ao Vidigal. Ele reafirmou sua vontade de manter a ciclovia em funcionamento e garantiu que a demolição está fora de cogitação.

“Meu sonho é manter aquela ciclovia, mas a gente só fará isso com toda a segurança. (…) Não podemos deixar que essa tragédia se repita”, disse o prefeito. Ele deu entrevista durante a inauguração de mais um trecho da Orla da Guanabara Prefeito Luiz Paulo Conde, no Centro do Rio. Na solenidade, Paes sustentou que todas as obras para os Jogos Olímpicos estarão prontas no prazo.

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A orla é um boulevard localizado entre os armazéns 1 e 6 do Cais do Porto, na Avenida Rodrigues Alves, no Centro, local que ficava abaixo do Elevado da Perimetral, demolido em 2014. O espaço inaugurado tem um quilômetro de extensão e 57 mil metros quadrados, conta com uma área arborizada, espaços de lazer e será passagem do trilhos do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

Ao todo, a orla terá 3,5km de extensão e ligará o Armazém 8 ao Museu Histórico Nacional, no Centro.

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