Para evitar novas tragédias ocasionadas pelas chuvas, a prefeitura do Rio de Janeiro terá de acelerar o processo de remoção de famílias em áreas de risco. A meta é chegar a 13 mil domicílios em 2012. Até agora, somente 10% desse total foi realocado.
São considerados em risco os moradores de encostas e os que vivem em áreas sob perigo de inundação, enchentes, cheias ou desabamentos. Desde o ano passado, quando o projeto começou a ser colocado em prática, 1.300 domicílios foram removidos. Em Santa Cruz, na zona oeste, a comunidade Serra do Sol foi uma das beneficiadas, com 352 famílias removidas.
Elas moravam em uma várzea, em barracos cobertos por lonas. “Pela primeira vez, pudemos dormir tranquilos durante uma chuva. Se estivéssemos no mesmo local, tínhamos ficado com as casas cheias de água”, afirma, aliviado, Anderson Lacerda, de 27 anos, num abrigo provisório construído pela prefeitura, distante cerca de dois quilômetros do local onde a comunidade era instalada. Ele, a sogra e a mulher, que está grávida, foram removidos para o local há um mês. “Fico mais tranquilo em saber que meu filho vai nascer num ambiente melhor, sem riscos”, disse.
As famílias ficarão nesse abrigo por mais um ano, até que os imóveis do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida fiquem prontos. Essa é uma das formas de realocação das famílias removidas. Outra modalidade é o que a Secretaria Municipal de Habitação chama de “aquisição assistida”. O morador compra um imóvel e a prefeitura paga, desde que em valor semelhante à casa em que morava e que não seja em área de risco. Toda a transação é supervisionada pelas autoridades.
