O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), pediu que a população não saísse de casa para que as equipes de resgate e conservação possam se deslocar pelo município, em caos provocado pela chuva que atinge a cidade há mais de 15 horas. A prefeitura recomendou que fossem suspensas as aulas na rede municipal de ensino. Em nota oficial, ele pediu ainda que a população evite grandes deslocamentos principalmente em direção ao centro.

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“Todos os pontos da cidade estão alagados. Não adianta tentar chegar ao centro da cidade. Nosso apelo é que as pessoas não saiam de casa e se preservem até que possamos resolver a situação”, afirmou ele, em entrevista à TV Globo. Segundo o prefeito, a maior preocupação das autoridades é com moradores de áreas de risco.

A Defesa Civil municipal entrou em estado de atenção às 17 horas de ontem e manteve as equipes nas ruas. “Temos cerca de 2 mil domicílios em situação de risco e essa é uma situação de risco até que a chuva melhore. O que mais nos preocupa é a perda de vidas humanas”, afirmou o prefeito.

Algumas das principais vias da cidade ficaram completamente alagadas desde o início da noite de ontem e a chuva que continua a cair durante a manhã impede o escoamento total. A Ponte Rio-Niterói teve que ser interditada devido às enchentes.

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A Avenida Niemeyer – que liga a Barra da Tijuca, na zona oeste, ao Leblon, na zona sul – está fechada por causa de um deslizamento. A Praça da Bandeira, na zona norte, e a Rua Jardim Botânico, na zona sul, permanecem debaixo d’água. “Nós não sabemos se chegamos ao pior momento. Enquanto a chuva persistir, dificilmente a situação de alagamentos vai mudar”, disse Paes.

Aulas

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Assim como a rede municipal de ensino, a estadual também cancelou as aulas e as autoridades pedem às escolas particulares que também suspendam as atividades. O Aeroporto Santos Dumont está fechado para pousos e decolagens, e o Antonio Carlos Jobim opera com o auxílio de instrumentos – quando o piloto necessita de equipamentos especiais para alinhar a aeronave com a pista.

O secretário municipal de Conservação, Carlos Roberto Osório, reconheceu a necessidade de realizar reformas nos sistemas de drenagem da cidade para evitar novos transtornos. “Não há sistema de drenagem que dê jeito na chuva que caiu no Rio desde ontem, mas precisamos de algumas reformas estruturais.”