A Prefeitura de São Paulo publicou na edição desta terça-feira, 16, do Diário Oficial a demissão de mais duas pessoas relacionadas à Máfia do Imposto sobre Serviços (ISS), grupo suspeito de ter facilitado a sonegação de R$ 500 milhões da Prefeitura entre 2009 e 2012.

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O primeiro é Aluísio Ferraz de Camargo. Trata-se do primeiro servidor da Prefeitura que é demitido por suspeita de ligação com a máfia e não trabalhava diretamente no setor do ISS. Ele era lotado no setor de fiscalização do Imposto Territorial e Predial Urbano (IPTU).

Segundo as investigações, ele é um dos fiscais apelidados pelos integrantes do esquema de “colegas”: auditores que levavam empresas até a máfia para intermediar o esquema de sonegação. Em troca, os “colegas” ficavam com cerca de 15% do valor das propinas. No caso de Camargo, ele intermediava as negociações que envolviam a construtora MAC.

Já Fabio Camargo Remesso, o segundo demitido nesta terça, era fiscal do setor de ISS e havia sido indiciado ainda em 2013. Ele é tido pelo Ministério Público Estadual (MPE) como uma das cinco pessoas que cooperavam diretamente com Ronilson Bezerra Rodrigues, apontado como líder do esquema. Chegou a ser chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social na gestão de Luciana Temer (PMDB). Seu irmão, Rodrigo, também já foi denunciado por lavagem de dinheiro. Segundo o MPE, ele também trabalhava para Ronilson.

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Controladoria

A Controladoria-Geral do Município (CGM), órgão criado na gestão Fernando Haddad (PT) e que descobriu a máfia a partir do cruzamento de dados da renda dos servidores e de seus patrimônios, divulgou um balanço de suas atuações nesta terça.

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Em dois anos, a CGM da Prefeitura conseguiu reembolsar mais de R$ 90 milhões. Outros R$ 180 milhões ainda devem ser recuperados. O dinheiro foi desviado em fraudes, irregularidades e atividades de corrupção dentro da Administração Municipal. No final de maio, R$ 34 milhões referente à máfia do ISS já tinham sido devolvidos aos cofres públicos.