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Prefeitura de SP tomba sede da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano

A Prefeitura de São Paulo homologou na quarta-feira, 15, o tombamento da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano e do Edifício Comandante Linneu Gomes. Ambos têm projeto do arquiteto modernista Oswaldo Arthur Bratke e estão localizados, respectivamente, no Morumbi, zona sul da cidade, e na República, na área central. A decisão pretende “salvaguardar” as obras como uma forma de “transmiti-las como herança às sociedades futuras”.

A decisão foi tomada em março pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), período em que ao menos 71 obras modernistas também foram tombadas. Duas delas, com projeto de Rodrigo Lèfevre tiveram o tombamento homologado na terça-feira, 14.

Na resolução de tombamento das obras de Bratke, o conselho ressaltou a “contribuição arquitetônica paulista e paulistana à história da arquitetura moderna brasileira” a partir dos anos 40. “As obras em questão encontram relevância tanto no âmbito individual de sua presença na cidade como pela contribuição que representam à cultura arquitetônica paulistana”, diz o texto.

O pedido de tombamento foi aberto após os imóveis serem apontados como Zona Especial de Preservação Cultural (Zepec) em 2004. Não há delimitação de área envoltória.

O processo em votação continha, ainda, a sede do Colégio Nossa Senhora do Morumbi, cujo pedido de tombamento foi arquivado. Em 2010, um grupo de moradores se mobilizou pela preservação da escola.

A Fundação Maria Luisa e Oscar Americano fica localizada na Avenida Morumbi, em imóvel. O tombamento recai sobre as características externas e partes das internas (como o piso, projetado pelo artista plástico Lívio Abramo), além de incluir um pavilhão de lazer e o paisagismo original, executado por Otávio Augusto Teixeira Mendes. O projeto é de 1952.

Já o Edifício Comandante Linneu Gomes está situado na Avenida São Luis, quase na esquina com a Avenida Ipiranga. Datado de 1956, é de uso comercial e fica ao lado do Edifício Itália. Com a decisão, deverá ter preservadas as características externas e a aparência atual das áreas comuns.

A Fundação é aberta ao público mediante pagamento de entrada. Em 2011, reformas no local foram lideradas pelo filho de Oswaldo Bratke, Carlos Bratke, que também foi arquiteto e faleceu em 2017.

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