Com 849 mortes registradas nas ruas da capital em 2018, a gestão Bruno Covas (PSDB) lançou nesta semana uma campanha publicitária de R$ 20 milhões para conscientização por segurança no trânsito. Entre as iniciativas para chamar atenção para o tema, a Prefeitura cobriu totens de pontos de ônibus com sacos pretos. Cada saco traz um número que simboliza uma das vítimas em São Paulo.
Batizada de “Movimento pela Vida Segura no Trânsito”, a campanha deve durar sete meses e tem como inspiração iniciativas semelhantes nos Estados Unidos, México e Colômbia. “Quanto maior for o engajamento da população, melhor vai ser o resultado. Não adianta apenas ficar multando se as pessoas não participarem desse processo”, afirmou o prefeito Bruno Covas, em nota divulgada pela Prefeitura.
“O Vida Segura é baseado nos conceitos de Visão Zero e Sistemas Seguros, que partem da premissa de que nenhuma morte no trânsito é aceitável e que todo mundo, inclusive o poder público, deve assumir sua responsabilidade para a redução dos acidentes”, diz o comunicado. Em São Paulo, projeto faz parte do Plano de Metas da Prefeitura (2019-2020).
Os totens ficarão espalhados por todas as regiões da cidade. Entre os pontos contemplados, estão pontos de ônibus da Avenida Paulista, na zona sul, da Rua Líbero Badaró, no centro, e da Avenida Pedroso de Morais, em Pinheiros, zona oeste.
A campanha também vai contar com propagandas na TV, com duração entre 30 e 60 segundos. O filme tem como trilha sonora a música Sujeito de Sorte, de Belchior: “Tenho sangrado demais / Tenho chorado pra cachorro / Ano passado eu morri / Mas este ano eu não morro”.
Há previsão, ainda, de boletins no rádio e publicidades em mídias impressas e digitais. Segundo a Prefeitura, a mensagem principal será o slogan “Hoje Não: um Movimento pela Vida Segura no Trânsito”.
Na segunda fase da campanha, que será lançada ainda neste mês, a Prefeitura deve mirar na proteção a motociclistas – grupo que mais morre no trânsito de São Paulo. Foram 366 vítimas em 2018. Já os pedestres, na segunda posição, somaram 349 casos e serão o alvo da terceira fase da campanha, prevista para 2020.