Em meio às críticas de falta de agentes da Prefeitura ou problemas para abordar moradores de rua à noite, quando eles costumam concentrar-se em calçadas e praças, a gestão João Doria (PSDB) decidiu aumentar em nove vezes o total de assistentes sociais que rodam a cidade à noite para convencer sem-teto a irem para abrigos públicos.

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Segundo o secretário municipal de Assistência Social, Filipe Sabará, a partir desta sexta-feira, 21, o efetivo de agentes sociais saltará de 79 pessoas para 717 no período noturno, a partir das 18 horas, e o número de peruas que levam os moradores de rua para os abrigos municipais passará de 11 para 83 veículos. O acréscimo será feito com realocação do efetivo da manhã, que cairá de 817 para 100 agentes.

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Com a mudança na estratégia, a gestão espera reduzir o tempo de abordagem e elevar a ocupação dos abrigos. Segundo a Prefeitura, há 12.696 vagas para moradores de rua e, na noite desta quinta, a ocupação chegou a 10 mil.

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“Com mais agentes e mais peruas, os abordadores vão acompanhar os moradores de rua até os centros de acolhida. Com isso, a gente espera acabar com as queixas de que falta vaga em determinado local”, completou.

Na manhã de quarta-feira, 19, moradores de rua reclamaram que agentes de limpeza da Prefeitura estavam jogando água em cobertores na Praça da Sé, destruindo barracas e levando pertences. Segundo eles, faltam vagas em abrigos do centro e os assistentes sociais passavam recolhendo cadastro para a pernoite no início da tarde, quando a maioria não estava no local.

Segundo Sabará, todos os funcionários públicos e terceirizados são orientados sobre a proibição de recolher pertences pessoais, como documentos, remédios e roupas de moradores de rua. A remoção de barracas só é autorizada quando bloqueiam a passagem de pedestres.

Nesta quinta-feira, 20, Doria disse que mandou apurar a denúncia de que moradores de rua da Sé teriam sido acordados com jato de água e voltou a negar o fato. Houve, disse ele, quatro cobertores molhados, mais tarde repostos.