Liberar ambulâncias e viaturas de polícia, cadastrar veículos de moradores para garantir o acesso e acompanhar carros de hóspedes dos hotéis da região. Esses são alguns dos detalhes do plano da Prefeitura para fechar a Avenida Paulista para carros aos domingos, ação que será testada hoje com a inauguração, após seis meses de obras, da ciclovia no canteiro central.
Em entrevista ao Estado, o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, disse que o “desejo” da gestão Fernando Haddad (PT) “é fazer com que a Paulista seja aberta para o pedestre todos os domingos”, criando uma espécie de “Parque Paulista” – a exemplo do que ocorre com o Elevado Costa e Silva, o Minhocão. Moradores da avenida e das ruas do entorno já se organizam para evitar o avanço da ideia sem que sejam ouvidos.
De acordo com Tatto, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) já tem fechado o esquema para permitir o acesso de veículos especiais, que teriam acompanhamento de marronzinhos para garantir a segurança dos pedestres.
“Nossa avaliação é de que eles (carros autorizados) vão chegar mais rápido do que se tivesse carro nas pistas. A vocação da Paulista é menos ‘rodoviarista’, menos para o carro, mais para o pedestre, para o transporte não motorizado e o transporte público”, diz. “Minha parte é mais a viabilidade técnica, mas nada impede que a Prefeitura faça eventos sem palco.”
Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre a Prefeitura e o Ministério Público Estadual prevê que a administração municipal faça três eventos anuais com estruturas montadas na via por ano. Atualmente, os escolhidos são a Corrida de São Silvestre, o réveillon e a Parada do Orgulho LGBT.
Hoje, o fechamento da via será das 10 às 17 horas. A Ciclofaixa de Lazer será montada normalmente, às 7 horas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.