Brasília – Nem CPMF nem Cide. O principal objeto do desejo dos prefeitos, que se preparam para nova Marcha a Brasília, são os royalties. Subproduto da receita da Petrobrás com a venda de petróleo, as transferências de royalties para estados e municípios pularam de R$ 1,8 bilhão em 2000 para R$ 9,9 bilhões em 2006. Mais de 72% desse valor está indo parar nos cofres do Rio de Janeiro e de nove prefeituras endinheiradas do litoral fluminense.
De olho na fortuna, parlamentares ligados à Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estão se mobilizando para tentar mudar os critérios de repartição desses royalties, que hoje privilegiam as localidades mais próximas dos campos petrolíferos. Dos 5.562 municípios brasileiros, apenas 823 foram beneficiados.
Cobrança
Para tentar neutralizar a força desse lobby, a CNM organiza exército de mais de 2 mil prefeitos que irão a Brasília, no dia 10, cobrar mais recursos do governo federal. De acordo com o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, o objetivo da entidade é abrir debate sobre as distorções do sistema atual de transferências. Das 823 prefeituras que receberam algum dinheiro em 2006, por exemplo, há 12 que levaram apenas R$ 0,18.