O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), disse ontem esperar que o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), cumpra a promessa de fechar o Campo de Marte, na zona norte. Antecessores de Covas também já prometeram limitar ou encerrar as atividades do terminal.
Em agosto de 2017, o então prefeito e hoje governador eleito, João Doria (PSDB), firmou com o presidente Michel Temer acordo sobre o local. A União se comprometeu a ceder 400 mil m² do terreno ao Município para um projeto que incluiria um museu aeroespacial, um parque (em fase de projeto) e, por último, o fim das operações de aviação executiva.
“Esperamos agora que o governo eleito (Bolsonaro) possa dar continuidade àquilo que foi combinado com o atual governo (Temer), que é a vinda gradual daquele espaço para a Prefeitura e a desativação do aeroporto”, disse Covas ontem.
Após o encontro com Temer, Doria até anunciou o fim das operações do terminal para 2020. Ele defendeu a desativação da pista, afirmando que vários aeroportos funcionais em implementação no entorno da capital poderiam substituir o Campo de Marte, que ficaria só com a aviação de helicópteros. Mas justamente essa possibilidade de repassar decolagens e pousos de aviões de pequeno porte para outras cidades que sempre empacou qualquer tipo de negociação.
Nesse assunto, Doria combinava com o ex-prefeito Fernando Haddad. O petista até fez pedido oficial à Aeronáutica para tirar a asa fixa de lá. Antes, Gilberto Kassab (PSD), José Serra (PSDB) e Celso Pitta também cogitaram transformar a área de 2 km² em parque.