Na quinta-feira, 31, foi dia de limpar fuligem do chão, colocar cobertores para lavar, abrir janelas e tirar o pó dos apartamentos para que pudessem entrar os moradores do Edifício Caracu, prédio vizinho do Edifício Wilton Paes de Almeida, que estava interditado desde o desabamento no Largo do Paiçandu, há um mês. O prédio estava interditado por razões de segurança, e foi liberado na quarta-feira, 30, para os moradores voltarem.

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Quem vive ali – em quitinetes cujo aluguel superava R$ 1 mil – passou uma temporada na casa de parentes. “Foi um sufoco. Eu fui dormir na casa da minha tia, onde vive também a minha avó. Passei um mês dormindo em um sofá”, conta o operador de crédito Maurício Pinheiro Pinto Júnior, de 26 anos, que alugava um apartamento no Caracu havia dois anos.

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No dia do acidente, ele estava na casa da namorada, a auxiliar de vendas Graziela Silva Gomes, de 26 anos. “O pior é que eu estava sem celular. Meus pais vivem no Sul e não conseguiam falar comigo. Ficaram desesperados”, conta.

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“Teve vizinho que saiu de casa de pijama. Eu cheguei no dia seguinte e consegui que um bombeiro me acompanhasse até o apartamento. Fiz uma mala, peguei algumas coisas. Mas estava vivendo de favor”, diz o rapaz, que chegou ontem com as malas de volta e estava reorganizado o apartamento.

Dois edifícios residenciais vizinhos ao Wilton Paes de Almeida haviam sido interditados. Ambos foram liberados pelos próprios moradores, que obtiveram laudos e os apresentaram à Prefeitura, garantindo a segurança dos prédios. O síndico do Caracu, vizinho de Pinto Júnior, não quis dar entrevista.

Vistorias

Dois outros imóveis comerciais da área permanecem interditados. Um deles terá de passar por obras estruturais antes de ser liberado, segundo o secretário da Segurança Urbana, José Roberto Rodrigues.

A Prefeitura também está fazendo vistorias em prédios ocupados por movimentos de moradia da região central. Os alvos são 69 imóveis e 30 já foram analisados – nenhum evacuado. A administração municipal deve apresentar um balanço dessa ação em 24 de junho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.N