O prédio da TAM Express atingido pelo Airbus na tragédia do dia 17 de julho pode ser implodido amanhã. A estrutura foi liberada pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa)e Corpo de Bombeiros, pela Defesa Civil e Subprefeitura de Santo Amaro. Só falta uma autorização da companhia aérea para a implosão.
De cabeças baixas e orquídeas nas mãos, um grupo de seis familiares de vítimas do acidente fez ontem à tarde uma última vistoria no edifício. A TAM informou que iria conversar com os familiares e que poderia entregar à Defesa Civil o protocolo autorizando a implosão na noite de ontem ou hoje (4) pela manhã. A companhia confirmou que o terreno será cedido à Prefeitura para a construção de um memorial em homenagem aos mortos no acidente.
Os parentes quiseram ter a certeza de que nada mais poderia ser encontrado nos escombros, seja uma roupa, um óculos, uma lembrança. ?Acho que o trabalho aqui acabou, não tem mais nada, a não ser o cheiro de fumaça?, diz Maria Tereza Papa, que perdeu um genro na tragédia. A visita foi acompanhada por bombeiros que participaram das buscas, membros da Defesa Civil e pelo padre Valeriano dos Santos, que benzeu o prédio. O grupo deixou flores no pátio do edifício e rezou.
O prédio está pronto para a implosão, inclusive com os buracos feitos para colocação da dinamite. ?Serão usados 75 quilos de dinamite e o processo deve demorar 3 segundos. Só esperamos o ok da TAM?, diz Jair Paca de Lima, coordenador geral da Defesa Civil.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo