O medicamento genérico com o mesmo princípio ativo do Viagra já deverá estar disponível para os consumidores a partir do dia 21 de junho. Pelo menos essa é a expectativa da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos). Ontem, por cinco votos contra um, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acabou com a exclusividade do laboratório Pfizer na produção do medicamento. O prazo da empresa termina em 20 de junho.
Com o fim da patente, a expectativa é de que o preço do remédio, que é o mais usado para disfunção erétil no Brasil, fique de 35% a 50% mais baixo. A decisão também abre caminho para o fim da patente de outros medicamentos.
Estudos da Universidade de São Paulo (USP) apontam que 40% dos homens no País têm algum tipo de disfunção erétil. Especialistas acreditam que, com o custo mais baixo, um maior número de médicos irá prescrever o medicamento. Atualmente, uma caixa com dois comprimidos de 50 mg de Viagra custa em torno de R$ 60, ou seja, R$ 30 por comprimido. Na Argentina, onde a patente não é reconhecida, o preço é R$ 2.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cinco empresas já entraram com pedidos para produzir o medicamento, cujo princípio ativo é o citrato de sildenafil. A agência já havia se manifestado informando que tem equipes preparadas para analisar esses pedidos o mais rápido possível, justamente para garantir agilidade na entrada do genérico no mercado.