A interrupção das exportações de carne bovina brasileira pela União Européia não deverá trazer grandes impactos para a receita de vendas externas do produto, segundo informou o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Marcus Vinícius Pratini de Morais. A expectativa, de acordo com ele, é de que o faturamento do setor com a comercialização no mercado internacional cresça 15% em 2008, em relação ao ano passado, para US$ 5 bilhões. Parte deste resultado pode ser atribuída à valorização dos preços do produto.

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Em contrapartida, o volume de vendas deverá apresentar uma redução em volume de vendas, entre 5% e 10% em relação a 2007, para um total de 2,3 milhões de toneladas em equivalente-carcaça. Conforme o ex-ministro, a queda em toneladas se deve à redução da oferta de bois para abate no mercado interno e ao crescimento do consumo doméstico. "Se os preços se mantiverem altos, seria possível compensar a depreciação do dólar em relação ao Real", afirmou Pratini de Morais.

O presidente da Abiec acredita que ainda este ano a lista de Estabelecimentos Rurais Aprovados (ERAs), representando as propriedades aptas a exportar para o bloco europeu, será ampliada. Após a suspensão das exportações, uma missão de técnicos europeus auditou 106 fazendas no país e aprovou a exportação de carne proveniente de apenas 95 propriedades, sendo que destas, 79 estão localizadas em Minas Gerais.

Pratini de Morais enfatizou, porém, que o Brasil tem mantido exportações para 180 países, com a ampliação das vendas para Rússia, Chong Kong, Venezuela, norte da África, China e Indonésia. "Ninguém manda na carne brasileira a não ser o Brasil. Se a União Européia não quiser, nós temos 180 mercados", disse.

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O ex-ministro participou ontem (3) da solenidade de abertura oficial da ExpoZebu, a maior exposição de zebuínos do mundo, que será realizada em Uberaba, no Triângulo Mineiro até o próximo dia 10 de maio.